25.5.06

One Art

The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.

Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.

Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.

I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn't hard to master.

I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.

Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.

Elizabeth Bishop

15.5.06

Agonia

Ai, Deus! ODEIO ficar com agonia. Essa coisa que me corrói, fica me incomodando o estômago. E o pior é que não existe um moitivo real pra ela. Tudo bem, estou revoltada/perplexa/preocupada com toda essa coisa PCC que está rolando, mas não é motivo. Tenho que trabalhar. Ai.

14.5.06

Elizabethtown

Sábado à noite, véspera do dia das mães. Chego em casa, decido alugar um filminho bom, mas pra variar tudo o que existia de minimamente decente na locadora já tinha ido. Aí peguei Elizabethtown. Eu vi algumas cenas enquanto estava no navio, em janeiro, mas depois desencanei.

Razoável. A Kirsten Dunst estava bem, como sempre. O Orlando Bloom... bem, digamos que a única coisa incrível sobre ele era o relógio que ele usou. Deus ajude o menino e lhe pague algumas aulas de interpretação.

E o que fez o filme mencionável? Duas coisas: em um ponto, ele (Orlando Bloom) entra em uma roadtrip pelo sul dos EUA. Sai do Kentucky e passa pelo Tennessee, Misouri, Oklahoma, Kansas... Uma das viagens que eu amaria fazer. Aliás, eu tenho uma coisa com viajar de carro nos EUA. Me fascina. A vida pequena que as pessoas levam, ver o interior, os hábitos simples, chegar mais perto da massa de um país que é incompreendido em tantas questões, especialmente nos últimos anos. Lá vou eu e a minha apologia... Mas não é só isso. Eu gosto. Tenho uma amiga no Texas que diz que eu não sou cosmopolita. Que um dia eu vou me encontrar e tirar fotos de vestido florido, botas e tranças em cima de algum trator e vou dizer, Hi, y'all!!!! :-) E há momentos em que eu penso a respeito. Lógico que não podemos levar tudo a ferro e a fogo, lógico que eu não conseguiria viver sem as benesses da vida cosmopolita, os confortos aos quais me acostumei. Mas essa coisa metrópole que te engole a alma, que leva tanto de você e não traz nada, que te exaure até a última gota, rouba a tua juventude e muitas vezes a tua alegria e te deixa com pouco mais que o amargor, tão grande - essa coisa tem que ter uma data de validade. Ela funciona por algum tempo, claro. Mas não pra sempre. Resta saber quando parar. Por quanto tempo expor a sua alma a coisas muitas vezes ingratas...

Outra foi a trilha.... Muito folk, muita música antiga, uma delícia... Algumas frases tiradas do roteiro também valem a pena. Frases bobas, mas que fazem sentido. Eu e as minhas frases tiradas dos lugares mais inusitados... Do tipo: "sadness is easier, because it's surrender" ou "you have 5 minutes to wallow in the delicious misery: enjoy it, embrace it, discard it and proceed".

Depois pessoas delícias me ligaram. Vááárias, em vários níveis...
Gostoso.
Bezatau.

5.5.06

Closer, but only more distant

Acabo de ver Closer novamente. Tenho feito pausas para filme em meio aos meus trabalhos. è uma forma de fazer minha mente conseguir ir além do: No menu X, clique em Y, ou coisa que o valha.

Quando esse filme foi lançado, eu não consegui vê-lo. Tinha coisa demais em comum entre a realidade e a ficção e eu não estava preparada. Depois de mutio tempo, decidi que era hora de enfrentar. Chorei, me vi em várias daquelas situações, yada, yada, yada.

Hoje vi de novo. Claro que a surpresa não existia mais. Minha surpresa, entretanto, foi ver que toda a emoção também não estava mais lá. Ainda presente estava uma parte daquele sentimento, uma parte da mágoa, coisas que somos humanos demais para esquecer. Talvez aquela pocinha de lama que a gente insiste em manter próxima, mencionada no post de ontem, para que não deixemos que nossa luz brilhe demais... ou talvez uma parte daquela culpa que nunca vai se esvair e com a qual eu terei que aprender a viver. A parte da culpa que realmente me pertence, que não é fruto do momento, da conjuntura. Que é só minha. Do meu caráter, da minha falta de coragem, das coisas negras que existem em mim. Porque todo mundo as tem. resta saber viver com elas de forma adulta e não deixar que elas estraguem um futuro lindo que pode surgir na nossa frente.

4.5.06

What is your deepest fear?

"Our deepest fear is not that we are inadequate. Our deepest fear is that we are powerful beyond measure. It is our light, not our darkness that frightens us. ... Your playing small does not serve the world. There is nothing enlightened about shrinking so taht other people won't feel insecure around you. We are all meant to shine, like children do. And as we let our own light shine, we unconsciously give other people permission to do the same. As we're liberated from our own fear, our presence automatically liberates others. " (Marianne Williamson)

Acho que uma das maiores lutas que travamos é conosco. A luta de tentarmos nos superar, de sentirmos os pés afundados na lama até os joelhos, mas acharmos que assim é melhor, porque nos igualamos à massa. E permanecemos medíocres toda a vida. Esconder-se atrás de desculpas, de pequenas coisas não leva ninguém a lugar nenhum. Já diria Fernando Pessoa que para ser grande, sê inteiro. Nem que seja para fazer algo pequeno aos olhos dos outros. Mas ser feliz. Porque é por isso que a gente vive. Um dia feliz é um dia a mais. Chega de choro, como já diria a Johnson!

E um beijo pra minha mãe, pro meu pai e pra você.
Eba!

Butterflies...

Ai, ai...