16.12.05
Presente de Natal
Mitigating risks
13.12.05
Tá bom, tá bom...
Tenho estado afogada em trabalho, o que é bom, mas também ruim. Minha mente não consegue ir além de encontrar os termos certos para este relatório econômico ou aquele manual de instruções. Ainda bem que esses dias a Talita me contou do Sudoku (www.chevrolet.fr - lá tem no canto direito inferior um link pro jogo). É um jogo (de japa, claro - we rule!) que funciona grosseiramente como uma palavra cruzada de números. Já é conhecido em vários países e segundo minha fonte denárdica, a França está numa febre de sudoku. Já tentei fazer piadas com o nome, mas não ficaram muito sonoras. Se alguém tiver alguma, pode contar que eu incorporo ao meu vocabulário. O jogo é interessante. Basicamente consiste em uma grade de 27 quadrados, com alguns números já preenchidos. Você deve preencher os quadrados vazios com números desde que não haja repetições na mesma linha, na mesma coluna e no mesmo quadrado (fica mais fácil visualizando a grade). Interessante. Pra variar, tomei como uma tarefa de honra. Não parei enquanto não terminei. mas terminei, com a sensação de dever cumprido e de estimulação cerebral mínima...
Benzadeus...
O portuga nada de me ligar. Já tô achando toda essa história muito estranha. Bom, de qualquer forma, em janeiro eu já tenho programa por lá mesmo. O máximo que pode acontecer é uma leve mudança de planos, com visitas ao Kawa (ehééé, mano...) e à Liv. Vamos ver como anda a carruagem.
21.11.05
Marasmo de filmes
Querida ver um filminho. Mas eu tô véri de sacocheio dos meus. E a preguiça se apossa do meu ser... UM ESCRAVINHO PRA IR BUSCAR UM FILME PRA MIM, POR FAVOOOOOR!
16.11.05
Agoniiiiiiiia
Estou que nem criança mimada, fazendo bico e motinho....
Muito trabalho, muita responsa, muito stress, muita expectativa. E enquanto eu não assinar esse maldito contrato, não sossego. Meu! E ainda me ligam da hebraica pra me dar bronquinha porque eu não fui ao ensaio. Dá vontade de dizer: daaaaaaaahling, vem você aqui trampar que eu vou cantar linda de graça pra marmanjo...
Humpf!
13.11.05
Sobre o DELÚVIO de trabalho
Quando se é freelancer, é normal passar por ondas de trabalho e ondas de sossego. Eu, particularmente, nunca fui muito de gostar de sossego, então fico feliz quando tenho trabalho. É uma fuga saudável (desde que seja por períodos curtos), porque coloca dinheiro na conta, evita que você fique pensando besteira, traz realização, senso de utilidade, várias coisas interessantes.
Mas como diria o Kawamura, MEUDEUDUCÉU! Tô trabalhando que nem uma desvairada há umas duas semanas. A onde de trabalho chegou de mansinho e agora estou afogada em meio a um milhão de coisas, não paro pra nada, não saio de casa. Jesus! Todo dia tem webconference, entrega de lotes, uma loucura. Crazy, crazy.
Meus ombros não sabem mais o que é relaxamento. Preciso arrumar um massagista, um japonês que faça shiatsu, qualquer coisa. Na verdade acho que vou começar a malhar animal por um mês, pelo menos. Assim já vol to ao pique de malhação e dou uma reforçada na minha musculatura, senão ela pede arrego. Daqui a pouco eu pareço o Horácio da Turma da Mônica, de tão tensa que eu vou ficar e os meus bracinhos vão ficando curtinhos.... Só falta pintar de verde (porque o cabeçao eu já tenho, já sei, Kawa.... Saudação cabeça pra você também...)
Enfim, é bom não ter tempo pra se preocupar, mas é ruim porque sempre há coisas com as quais TEMOS que nos preocupar. Não tem muito jeito. E nessa nóia, eu não tenho tempo pra nada, nem pra me preocupar. Preciso contratar alguém... hehehe
5.11.05
As pessoas cara de pau
2.11.05
Lavagens cerebrais
É, e depois dizem que é o amor... ahã...
31.10.05
Antecipação
Hoje eu tive um dia horroroso, cheio de ansiedade, dormindo pra ver se esqueço, comendo além da conta. Pelo menos comi coisas pouco engordativas... mas estou de abobrinha até a tampa. hehehe
Ontem uma coisa muito triste me aconteceu. Triste do ponto de vista de ver que ainda há pessoas sem a menor noção, sem respeito pelo outro, que acreditam que mulheres são seres indefesos ou ainda que estão à mercê dos homens. Lastimável, realmente.
30.10.05
Contaminadinha da estrela
Caderninho
25.10.05
Casa de cera
- Casa de cera.
- Creeeeedo, Ki! É filme de medo!
- Não, Chandra, acho que não é não. É lançamento da locadora. (O Guia do Mochileiro das Galáxias tava locado...)
- Ah, tá... "
... algumas horas depois, após jantar, muitas fotos, risadas, estão as duas embaixo do edredom, de cabeça coberta, morrendo de medo, perguntando: "o que tá acontecendo? você tá vendo? Aiiiii.... ecaaaa"
Nunca mais vou olhar uma vela da mesma maneira.
Pelo menos a Paris Hilton morre. Alguma coisa de bom tinha que ter.
24.10.05
Sabesp
Trinta segundos depois chega a Samandinha dizendo que (finalmente) eles disseram que a segunda via da conta pode ser emitida pelo site da Sabesp. Qual não foi a minha surpresa ao ver que o site é bonitinho, funciona bem, já mostra as pendências, tem link direto com o banco, permite colocar as contas em débito automático... E NINGUÉM AVISA!!!! E eu apavorada porque iam cortar a minha água por uma conta de 20 reais que eu não conseguia receber! Aí, como uma cidadã imbuída do espírito de ajuda ao usuário, liguei lá e pedi para as pessoas informarem esse tipo de coisa aos ilustres usuários que ligam lá para perguntar, porque com isso se economiza em tempo de ligação, em pedido de segunda via pro correio, em dor de cabeça, em uma pá de coisa. Sei que também tenho culpa no cartório, pois não cogitei ir ao site da Sabesp. Mas sabe como é, empresa de saneamento, você não acha que vá funcionar... E não me venha com essa história de que funciona assim porque os usuários em sua maioria não possuem acesso, que temos um país necessitando da inclusão social, bibibi, bobobó porque rico também tem conta de água. Todo mundo na cidade tem. Então que os ilustres treinadores do telemarketing da Sabesp acordem e coloquem no script dos funcionários o enderecinho. Os caras podem nem saber do que estão falando, mas à menção do "dábliu, dábliu, dábliu", quem usa internet já se liga.
22.10.05
Requiem para um celular
Ainda não absorvi completamente a idéia de ter tomado um chapéu do destino e ter perdido meu celularzinho tão bonitinho, novinho... que brima ganhou do TIM. Vou achar, vou achar. Quem sabe se eu mantiver a minha mente entoando esse mantra, uma boa alma fica com a consciência pesada de roubar um celular (que não importa, porque o que importa é o bendito CHIP, com todos os meus contatos, minhas mensagens engraçadinhas de texto, pérolas trocadas com amigos em horas de desepero, alegria, amor ou total boredom no trânsito) e devolve o chip. Só o chip, amigos. A maquininha eu compro outra. Sem medo de ser feliz. Da vida não levamos nada mesmo... hehehe
18.10.05
Dogville
Queria tanto saber menos, pensar menos sobre isso. A idade contemporânea reserva algumas supresas desagradáveis. Acho que sei tanto, que sou tão cosmopolita, tão evoluída, apenas para descobrir que o verniz que recobre as coisas esconde apenas a verdadeira essência do mundo, das pessoas, do poder. Que nem bem conseguimos as coisas, queremos mais. E em algum momento, esse mais passa não ser suficiente. Então, o que resta? O que traz um mínimo de conforto? Alguns itens são higiênicos, sim. Mas o que existe além deles? Se eu deixar de pensar no meu mundinho, no meu sucessinho rumo ao Vale do Silício ou ao raio que o parta e for combater a fome ou a cólera em algum país da África, será que esse vazio passa ou será que mais uma vez vai ser apenas uma nova skill no meu currículo? Será que eu vou perder tudo o que prezo apenas para ver que a história é sempre a mesma? Que não importa pelo que você lute, você só o fará pra se decepcionar, pra ver como você não faz diferença, faz só número.
E eu que sempre acreditei ser uma Polliana convicta. Que decepção.
13.10.05
Shaná tová pra você também
Quem me conhece sabe que eu sou uma cética convicta no que diz respeito à religião. Fui criada como católica, cansei de frequentar a igreja, sei os mandamentos de cor, mas quando construí minha opinião sobre a religião, o tiro saiu meio que pela culatra. Acho que Deus é uma invenção humana para diminuir a sensação de impotência frente a coisas inexoráveis, como a morte. E essa crença é amplamente explorada por religiões, que são a forma de dominação mais efetiva da história da humanidade. Com tudo isso, eu sou louca por música sacra (go figure...), mesmo sabendo que a maior parte das peças sacras foi encomendada e (bem) paga aos grandes compositores, sem ter preconceito de obras como o Requiem de Brahms, que usa o texto protestante, que eu adoro, da mesma forma que adoro grandes missas, cantando o Agnus Dei do Requiem de Verdi a plenos pulmões e me emocionando com a grandiosidade da música.
Com esse amor à música e respeito (além de admiração) pela música sacra, tenho que dizer que tive momentos sublimes durante as grandes festas judaicas. Não conhecia praticamente nada do judaísmo, a não ser a parte do velho testamento, que é praticamente igual para judeus e católicos. Muito menos de hebraico. Nunca tinha passado pela minha cabeça que Adonai era Deus. Com toooodo esse preparo, aceitei o convite do maestro para cantar nos serviços.
A música judaica tem forte influência oriental, o que me fez suar muito pra conseguir ler à primeira vista, pois estranhei muito a harmonia. Penei dia e noite pra aprender umas 50 músicas em um mês, com letra em hebraico e umas partituras em que não se lia nada. Onde se lia e estava escrito uma sílaba como voi, eu tinha que ler tot, coisas assim. Samba do crioulo doido. Mas eu não esperava que fosse me tocar como me tocou. Não sei se foi a cultura, se foi o serviço cantado, só sei que em alguns momentos fiquei com os olhos cheios de lágrimas, grata por ser parte tão pequena de uma celebração que para mim não dizia nada, mas elevava a alma de quem estivesse ouvindo. E a minha, de quebra.
Foram horas de cansaço, tons caindo pra sempre, músicas acabando meio tom abaixo de onde haviam começado, jornadas cantadas de 6-8 horas. Mas valeu a pena. Se bobear, ano que vem estou lá de novo.
E ainda ganhei um pacote de Ferrero Rocher.
Shaná tová.
6.10.05
Sobre a solidão.
Hoje estava falando com a Chandra sobre relacionamentos, eu choramingando daqui, ela de lá... então ela disse: a gente pode ser feliz sozinha. E eu não sei se concordei. Tudo bem, acho bacana uma pessoa ter vida própria, perseguir objetivos próprios, não viver em função de outrem. Mas qual é a graça de não poder compartilhar isso tudo com alguém? Sei que existem amigos e quem me conhece sabe que conquistar e manter amigos não é minha melhor característica, mas como se vive sem compartilhar amor? Amor sim, amor... aquele sentimento de ternura, admiração, afeto, respeito, desejo, cumplicidade... compartilhar algo.
Minha terapeuta diz que eu sempre estive sozinha, só que agora eu vejo isso porque não tenho mais de quem cuidar. Que eu tenho que me confortar sozinha, yada, yada, yada... Muito bem. Só que isso não faz com que doa menos, ou que seja menos desestimulante. Qual é o maldito mérito em se viver só e ser feliz? Por que essa pessoa merece mais, se pode ser fruto simplesmente de uma incapacidade social, afetiva, sexual, whatever? Por que alguém que não quer essa vida pra si é menos valorizado, se aqueles que vivem sozinhos muitas vezes pra se definir dependem do trabalho, do status, dos amigos, da posição... O que existe de tão errado em querer alguém pra dividir a vida? Não viver em função de outra pessoa, mas dividir essa função. E as alegrias, as tristezas, os sucessos...
Se minha terapeuta lê isso, olha e balança a cabeça, com aquela cara de: coitada... Não enxerga um palmo na frente do nariz. Pois é. I wish. Ignorance is bliss.
30.9.05
Carro novo
28.9.05
Almocinho
Man, como é difícil escrever. Tenho tentado encontrar um foco para a vida, algo que me traga um pouco de prazer. Gosto de que faço, acho que consegui o que muitos lutam por uma vida inteira. Deveria estar mais feliz. Pelo menos agora me sinto mais feliz comigo. Aquela dor horrível começou a sucumbir, provavelmente porque eu pense menos nela. Mas ela está lá. é incrível porque hoje não consigo mais discernir o que me dói tanto. Se é a perda de pessoas que amamos ou se é admitir que precisamos delas, ou ainda que não somos nada sem alguém. Estou começando a me achar cínica, o que pode não ser de todo mau, se partirmos do princípio de que normalmente eu era a Pollyana encarnada. Mas é triste. Me acho jovem, mas me sinto tão cansada às vezes. Na verdade, acho que é mais um sentimento de indagação do motivo que nos faz continuar vivendo. Pra que tudo isso? Pra que lutar? Pra que? No momento me vejo simplesmente trabalhando e fazendo as coisas que sempre fiz pra sobreviver. Não deveria haver mais que isso? Será que a vida é simplesmente passar de um dia para o outro sem um fim maior? E minha mãe tenta vir com o papo de espiritualidade, mas não cola mais. Quando você se indaga muito, algumas coisas caem por terra. Tenho convivido bastante com judeus, o que dá uma perspectiva diferente para católicos que não tinham contato nenhum, quase, como era o meu caso. No fim, é tudo igual. Sempre simplesmente uma forma de dominação, algo tão importante para alguns e tão, mas tão idiota para outros... como a raça humana pode ainda não ver através desse tipo de coisa. Claro que isso vem de alguém que é tão ou mais cega para um monte de outras coisas, mas se a gente não se acha dono da verdade, quem vai achar? Ok, bad joke...
Preciso começar a escrever em inglês. Preguiiiiiça mortal, porque isso implica também ler em inglês. Que implica ler in the first place.
Sobre a procrastinação
Tenho que admitir que muitas vezes sou assim. Mas prefiro que outros decidam por mim, até porque aí eu não tenho "culpa" do resultado. É engraçado: apesar de eu ter sido criada num esquema católico/judaico de culpa, nunca acreditei muito no conceito de culpa. Sempre fui muito mais voltada a fazer melhor daqui para a frente. Deixar os erros para trás e aproveitar para seguir sem cometê-los (hopefully) novamente. Até ser acertada em cheio por um caminhão de culpa. E ficar entalada nesse buraco durante meses, sem enxergar tanta coisa. Tive um namorado que sempre tinha que encontrar o "culpado" da situação e isso me tirava do sério. E aqui estou eu, procurando culpados e inocentes. E encontrando a culpadona da estrela toda vez que olho no espelho.
Voltando ao Contardo Calligaris, acho que transformar o presente numa reflexão infinita sobre o que pode acontecer é o famoso "e se..." e não leva ninguém muito a nada. Então vou tirar o meu ilustre bumbum da cadeira e começar a me mexer. E olha que nem é promessa de ano novo, o que indica que dessa vez pode funcionar.
...pergunte-me como.
Comecei a pensar então sobre essas mensagens, e-mails e porcarias que nos rodeiam o dia inteiro. Tudo bem que algumas coisas funcionaram um dia, mas será que os ilustres gênios que escreverm esses e-mails não percebem que não cola mais? Vamos nos reinventar, amigos.
Tenho uma amiga que é arquiteta de informação e com certeza tem opiniões excelentes sobre isso. Vou perguntar. Quem sabe surge alguma pérola.
8.8.05
Multicolored lies...
Vi hoje num filme um texto sobre mentiras e fiquei pensando nelas. As mentiras que contamos aos outros, mentiras brancas e negras. E as mentiras cinzas. Algumas mentiras perdoáveis, que impedem o sofrimento alheio e muitas vezes o nosso próprio. Algumas mentiras contadas para trazer um pouco de esperança, para fazer com que as pessoas não se tornem cínicas. O problema é que o mundo parece conspirar contra, mostrar que somos uns bastards mesmo e que qualquer felicidade é uma mera ilusão, vaga e rápida, meio que para fazer essa existência imbecil parecer menos sem sentido. Como se houvessse um motivo maior para a vida. Uma alegria no fim do túnel. Amor, respeito, divisão de almas. Estou ouvindo Sancta Civitas, de Vaughan Williams. Talvez precisasse de algo meio sombrio para poder escrever. Para manter o foco. Algo que não tivesse uma conotação simplória, que fosse mais complexo, mas difícil.É difícil acreditar que haja alguma verdade em tudo o que nos rodeia. A mentira está em todos os lugares. No egoísmo alheio, que mente dizendo precisar de alguém apenas para não se sentir só, apenas para que exista um sentimento de perdão... um vazio menor do que o que é inevitável. E nos enganamos muito. As piores mentiras. Para que possamos suportar a dor que inevitavelmente viria se começássemos a pensar sobre a vida de uma forma mais realista. Porque ninguém está lá pra você, a não ser que seja por um interesse mútuo. E isso é o mais engraçado. Em alguns momentos realmente acreditamos estar lá para as pessoas, acreditamos ter amigos verdadeiros, amores verdadeiros... que evaporam ao sinal de uma mudança estrutural, conjuntural, whatever. Os sentimentos mais profundos parecem simplesmente desaparecer. Como alguém que parecia ser a sua vida, sem a qual você achava que não conseguiuria respirar, sai da sua vida e você continua respirando? Como suportar a dor de uma perda tão grande? Como ter todos os seus sonhos destruídos como se fossem um castelo de cartas, tão dura e rapidamente que você não consegue ver? De uma forma tão dura que parece esmagar tudo o que você é...Como mentiras que incialmente são tão pequenas podem encobrir a personalidade de alguém, a ponto de não enxergarmos mais nada além daquilo que queremos ver? Como tudo se esvai e não sobra nada além de dor? Costumava achar que isso não era possível, costumava ter uma visão extremamente otimista da vida. Tão otimista... Tudo daria "certo", porque vivemos para fazer as coisas darem certo. Pra encontrarmos o amor, sermos realizados. Que realização é essa que simplesmente inexiste agora? Como alguém pode passar uma vida lutando e ser deixado sem nada que realmente importe, que tenha um mínimo de significado real, fornecendo qualquer conforto, por menor que seja...
Everybody is a lie.