28.9.05

Man, como é difícil escrever. Tenho tentado encontrar um foco para a vida, algo que me traga um pouco de prazer. Gosto de que faço, acho que consegui o que muitos lutam por uma vida inteira. Deveria estar mais feliz. Pelo menos agora me sinto mais feliz comigo. Aquela dor horrível começou a sucumbir, provavelmente porque eu pense menos nela. Mas ela está lá. é incrível porque hoje não consigo mais discernir o que me dói tanto. Se é a perda de pessoas que amamos ou se é admitir que precisamos delas, ou ainda que não somos nada sem alguém. Estou começando a me achar cínica, o que pode não ser de todo mau, se partirmos do princípio de que normalmente eu era a Pollyana encarnada. Mas é triste. Me acho jovem, mas me sinto tão cansada às vezes. Na verdade, acho que é mais um sentimento de indagação do motivo que nos faz continuar vivendo. Pra que tudo isso? Pra que lutar? Pra que? No momento me vejo simplesmente trabalhando e fazendo as coisas que sempre fiz pra sobreviver. Não deveria haver mais que isso? Será que a vida é simplesmente passar de um dia para o outro sem um fim maior? E minha mãe tenta vir com o papo de espiritualidade, mas não cola mais. Quando você se indaga muito, algumas coisas caem por terra. Tenho convivido bastante com judeus, o que dá uma perspectiva diferente para católicos que não tinham contato nenhum, quase, como era o meu caso. No fim, é tudo igual. Sempre simplesmente uma forma de dominação, algo tão importante para alguns e tão, mas tão idiota para outros... como a raça humana pode ainda não ver através desse tipo de coisa. Claro que isso vem de alguém que é tão ou mais cega para um monte de outras coisas, mas se a gente não se acha dono da verdade, quem vai achar? Ok, bad joke...

Preciso começar a escrever em inglês. Preguiiiiiça mortal, porque isso implica também ler em inglês. Que implica ler in the first place.

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